À Conversa com…

arminda-sustelo

Arminda Sustelo

Coordenadora do Centro de Documentação e Informação do Hospital Fernando Fonseca

 

 

 

 

 

Membro da APDIS desde:

Comecei por ser membro do GTIS – Grupo de Trabalho de Informação em Saúde, que era da BAD. O primeiro contacto que tive, creio que foi em 1987, com o GTIS, e que foi o embrião da APDIS. Depois, quando o GTIS se transformou em Associação, eu transitei para a APDIS. Fui uma das fundadoras.

1.ª Posição Profissional:
O meu primeiro contacto com o mundo laboral foi como professora do II Grupo e leccionei Português e História. Ao vir de Moçambique para Portugal, ingressei no Quadro Geral de Adidos e só mais tarde, por volta de 1984, é que comecei a trabalhar na área das bibliotecas, e sempre em bibliotecas especializadas. Fui para a ENSP – Escola Nacional de Saúde Pública exercer funções no secretariado da escola, e só após concluir a licenciatura é que passei para a biblioteca da ENSP. Fui agarrando as oportunidades que foram aparecendo. Tenho a licenciatura em História e o curso de Especialização em Ciências Documentais.

Website favorito:
Tenho vários websites favoritos em função das respostas que eu tenho de dar aos vários pedidos dos utilizadores e também em função das minhas próprias necessidades de informação.

Qual a sua posição actual:
Sou Técnica Superior Assessora Principal e exerço as funções de Coordenação do Centro de Documentação e Informação do Hospital Fernando Fonseca.

O que é que considera ser o maior desafio na biblioteconomia contemporânea?
Para mim o maior desafio é ir acompanhando as transformações que se vão dando e tentar perceber qual é o posicionamento da biblioteca em cada uma dessas transformações, porque a tecnologia não pára nunca de nos transformar o ambiente em que trabalhamos. Portanto, as nossas competências têm que, forçosamente, se ir adequando a essas transformações e acompanhar os novos papéis que as bibliotecas e os seus profissionais são chamados a desempenhar em cada momento. Para mim esse é que é o grande desafio. O ir estando a par e ter uma actualização permanente de conhecimentos, de competências, o saber estar em cada um destes momentos, de permanente viragem, de permanente mudança.

Que momento mais a marcou como uma das associadas que acompanha desde o início a APDIS?
Eu diria que foram vários os momentos. Tudo aquilo que diz respeito à organização e ao planeamento das Jornadas da APDIS, enquanto membro da Direcção. Esses foram, para mim, os momentos mais marcantes. O organizar, o preparar estes encontros com os colegas, com os profissionais, e de alguma maneira contribuir para a sua/nossa atualização e formação contínua.

Decorreram este anos as XII Jornadas APDIS. Como vê o facto de se terem realizado na Universidade de Coimbra?
Percebi que se realizassem na Universidade de Coimbra, uma vez que um membro muito especial para todos nós, a nossa colega Lucília Paiva, que foi mais do que uma colega, foi uma amiga, uma professora, que foi tudo aquilo que todos nós conhecemos, pertenceu à Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. A Lucília Paiva foi nossa Presidente e tomou conta dos destinos da APDIS durante bastante tempo, não só como presidente, como depois ajudando sempre a APDIS. Se se tratou de fazer uma homenagem a esta colega muito querida, para mim fez todo o sentido que as Jornadas fossem realizadas em Coimbra, que era também um local muito especial para ela e para todos nós.

Em 2016 comemora-se os 25 anos da APDIS! O que mudou desde 1991 no contexto das Bibliotecas da Saúde em Portugal? Que desadios encontramos hoje que diferem dos de há 25 anos?
As bibliotecas são hoje completamente diferentes daquilo que eram há 25 anos. A tecnologia é toda uma outra, as próprias mudanças fazem-se a outro ritmo, a um ritmo muito mais intenso, mais veloz, digamos assim. Os próprios utilizadores têm um outro tipo de necessidades, o conhecimento, a publicação e a edição são muitíssimo mais rápidos, e portanto, temos que ir acompanhando essas rápidas mudanças porque se não o fizermos desapareceremos, e nós não queremos de manheira nenhuma que isso aconteça. Até agora temos conseguido acompanhar estas rápidas mudanças, o ambiente tecnológico, a nossa própria forma de comunicar. Por exemplo, a banalização do email, que há 25 anos nem sequer existia. A edição electrónica é outro aspecto: já não assentamos no papel como forma de comunicar, mas sim no suporte digital. O acesso a bases de dados em CD-ROM desapareceu e deu lugar ao acesso em linha. Estas são, por exemplo, algumas das grandes mudanças que se operaram em 25 anos.

O que se poderá fazer para conhecermos melhor o que de bom se faz na nossa área, quer em Portugal, quer no exterior?
Estabelecer contactos, intensificar a rede de cooperação, fazermos mais encontros, de forma a podermos partilhar experiências. Perceber as boas práticas que existem lá fora, as boas práticas que existem cá dentro, e partilharmos essas experiências, através de uma estrutura de aproximação, de marketing do que fazemos cá e do que lá fora se faz.
Gostaria de desejar as maiores felicidades e sucessos, não só à nossa Associação mas a todos nós, a todos os membros da APDIS.