À conversa com…

Paulo Mendes

Paulo Semblante Mendes
Centro de Documentação e Informação
Escola Superior de Saúde de Santarém
Técnico Superior

 

 

Membro da APDIS desde:
A Instituição a que pertenço é Associado Colectivo. O conhecimento da APDIS surge em 2003 numa acção de formação realizada pela Associação. Desde então tenho frequentado, quando me é possível, as formações ministradas, bem como, a presença nas Jornadas da APDIS.

1ª Posição Profissional:
Início da vida profissional em 1984 como operário fabril.
Ingresso na Função Pública em 1985, na Câmara Municipal de Santarém através de contrato a prazo a exercer funções de Auxiliar Técnico de BAD na extinta Biblioteca Fixa Gulbenkian nº 86.

Formação académica:
Licenciatura em História
Pós-Graduação em Ciências Documentais – Variante Bibliotecas
Pós-Graduação em Ciências Documentais – Variante Arquivos
Mestrado em Ciências Documentais

Website Favorito:
O meu, do Centro de Documentação e Informação da ESSS.
Existem alguns que por inerência das minhas funções acedo diariamente nomeadamente: B-on, RCAAP, EBSCO, Science Direct, PROQUEST, entre outros.

 

PERGUNTAS:

1. Qual a sua posição actual?
Técnico Superior. Coordeno desde 2003 o Centro de Documentação e Informação da Escola Superior de Saúde de Santarém.

2. O que acha mais interessante no seu trabalho?
Destaco a interacção como os meus utilizadores, independentemente do seu estatuto (discente ou docente), dando ênfase ao atendimento de referência e personalizado.
Embora não seja muito visível e a profissão não tenha o reconhecimento merecido… o ter a certeza que, de alguma forma, estou a contribuir, diariamente, no apoio para uma nova atitude perante o processo de informação e/ou conhecimento.

3. Qual foi o seu maior desafio profissional?
A nossa profissão, presentemente, não é um desafio constante?
Quanto à pergunta…foi a mudança radical da minha transferência de uma Biblioteca de âmbito Municipal para uma de caracter especializado e de âmbito Universitário com tudo o que isso acarreta, i. é, forma de ser e estar e mediante especificidade de conteúdos e novo perfil dos utilizadores.

4. Como é que se tornou interessado na área da biblioteconomia da saúde?
Os meus interesses sempre estiveram ligados à Biblioteconomia em geral.
Vinte anos numa biblioteca municipal, se não diferente, no que concerne ao tratamento documental, o será, decerto, na tipologia de utilizador e conteúdos informacionais.
O interesse nessa área específica, chegou pela vontade de mudança, por um convite formulado. Foi chegando “de mansinho”, como quem chega de novo e se quer dar a conhecer, enraizando-se ao longo deste tempo.

5. Foi bibliotecário/técnico profissional de BAD noutra área, antes de ser da saúde?
Como Bibliotecário responsável não, fui Técnico Profissional durante muitos anos.

6. O que é que gostaria de ser, se não fosse um bibliotecário?
Gosto muito da minha profissão mas a antropologia também sempre me fascinou, principalmente a vertente etnográfica. Será que daria um bom Antropólogo ou Etnógrafo? Quiçá…

7. O que é que considera ser o maior desafio na biblioteconomia contemporânea?
Vejo o maior desafio em duas vertentes: uma diz respeito aos utilizadores e passa por conseguir manter os existentes, mas também, recuperar aqueles que de certa forma se foram distanciando das Bibliotecas e se possível angariar novo público. Outra a capacidade de actualização sistemática ao nível de recursos tecnológicos e informacionais das bibliotecas e formação de seus profissionais.

8. Está envolvido em outras organizações?
Não.

9. Que conselhos daria a alguém que fosse começar uma carreira como bibliotecário da saúde?
Bibliotecário em Portugal?…. Que pensasse muito bem… (risos)
Que a formação adquirida não é tudo. É somente um ponto de partida, pois existe um caminho que se afigura difícil a todos os níveis, obrigando a constantes actualizações e reinvenções de processos e práticas biblioteconómicas, pois a área da saúde aliada às inovações tecnológicas, assim o irão impor. Aconselharia ainda uma postura profissional que privilegie sempre o utilizador.

10. Quais são os seus planos para o futuro?
Nunca fui de fazer planos futuros, pois geralmente saem gorados. Contudo, tentarei continuar, se me for permitido, a desenvolver-me como profissional de informação, contribuindo para que o CDI seja, como Unidade de Informação, uma Unidade de excelência, constituindo-se como uma mais-valia na estrutura da Escola Superior de Saúde de Santarém.
Gostava, ainda, de iniciar o Doutoramento em Ciências Documentais.