À conversa com…

carlos coelho

Carlos Coelho
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada

 

 

 

Membro da APDIS desde:
Não sou membro da APDIS, mas tenho participado em cursos e Jornadas da APDIS.

 

PERGUNTAS:

1.ª Posição Profissional:
Assistente técnico com formação em biblioteca e documentação.

Formação Académica:
Décimo segundo ano – área de Humanísticas (Humanidades).

Website favorito:
PubMed.

 

1. Qual é a sua posição atual:
Assistente técnico com formação de técnico profissional na área de biblioteca e documentação.

2. O que é que acha mais interessante no seu trabalho?
É o facto de estar constantemente a lidar com a informação e conseguir transformá-la em conhecimento para assim melhor servir aqueles que recorrem ao nosso Serviço. A par disso, é gratificante fazer-se parte de uma classe de profissionais que primam por estar sempre disponíveis a ajudar e colaborar, a partilhar experiências e vivências aquando dos encontros que vão tendo lugar. Tal constitui um verdadeiro motivo de celebração e regozijo.

3. Qual foi o seu maior desafio profissional?
O maior desafio que experimentei até hoje foi ter ficado a desempenhar funções no Serviço de Biblioteca e Documentação do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada – de agosto de 2005 a setembro de 2006, apenas com a colaboração de uma assistente técnica sem formação na área e depois, de setembro de 2006 a junho de 2007 sem mais nenhum colaborador. Tinha terminado o curso há um ano e cerca de sete meses e havia tanto a aprender ainda. Foi um verdadeiro teste às minhas capacidades e a todo o conhecimento adquirido durante o curso.

4. Como é que se tornou interessado na área da biblioteconomia de saúde? 
A partir de determinada altura, comecei a desenvolver um gosto especial pelos livros, que se intensificou quando ingressei no curso de Filosofia (paixão ímpar que, infelizmente não concluí, por motivos de ordem particular). Certo dia estava a arrumar, de forma mais ou menos metódica, os livros na estante, quando alguém me disse que eu tinha perfil para trabalhar numa biblioteca. Por essa altura já trabalhava no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, como assistente administrativo, num serviço que ficava em frente à biblioteca. Algum tempo depois, a Dr.ª Celeste Freitas (antiga responsável pelo SBD do HDESPD) informou-me de que iria ter lugar um curso de biblioteca e documentação caso estivesse interessado em frequentá-lo. Preparei o meu currículo, fui à entrevista e em maio de 2003 comecei o curso, que terminou em dezembro desse ano.

5. Foi técnico profissional de BAD noutra área, antes de ser da saúde?
Nunca desempenhei funções de técnico profissional de biblioteca e documentação noutra área.

6. O que é que gostaria de ser, se não fosse técnico profissional de BAD?
Gostaria de experimentar a vertente de arquivo.
Quando tirei o curso de BD, este era para incluir a área de arquivo. Mas por opção dos organizadores esta acabou por não fazer parte do dito curso. Mais tarde iria ter lugar um curso de arquivo (para o qual já me estava a preparar) mas não se realizou por insuficiência de inscrições.

7. O que é que considera ser o maior desafio na biblioteconomia contemporânea?Considero, nos tempos que correm, ser um desafio para qualquer profissional da área de BAD o próprio desempenho das suas funções, numa altura em que, por virtude da crise que se instalou, somos forçados a dar resposta às crescentes solicitações dos clientes com, por vezes, os parcos recursos de que os nossos serviços dispõem, respeitando sempre os mais elevados padrões de ética, respeitando as normas e preceitos em vigência.

8. Está envolvido em outras organizações?
Neste momento apenas sou membro da EAHIL.

9. Que conselhos daria a alguém que fosse começar uma carreira como técnico profissional de BAD da saúde?
Aconselharia qualquer colega que iniciasse hoje a sua carreira a ter sempre uma postura proactiva, a procurar actualizar os seus conhecimentos constantemente através da frequência de cursos e ações de formação e a não deixar-se derrotar pelas adversidades de natureza vária que nos assaltam. Aconselhá-lo–ia, ainda, a deixar-se contagiar por essa magia, característica da nossa profissão, que é lidarmos continuamente com a informação e, quiçá, podermos sentir alguma felicidade por termos contribuído, embora com uma ínfima percentagem, para ajudar a salvar uma vida ou melhorar outra.

10. Quais são os seus planos para o futuro?
Futuramente planeio visitar (a expensas próprias) alguns serviços de biblioteca e centros de documentação no país (e se possível no estrangeiro), com o fito de atualizar e contactar com outras realidades, inteirando-me, desse modo, do que atualmente está a ser feito na área e assim poder contribuir para melhorar os serviços oferecidos pelo Serviço de Biblioteca e Documentação do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada.