No próximo dia 26 de Março, vão realizar-se as nossas Assembleias Gerais, sendo que uma é a Assembleia Geral Eleitoral. Uma nova Direcção irá ser eleita.
A Direcção actual cumpriu dois mandatos. Não conseguiu concretizar todos os seus objectivos mas na sua essência obteve algumas victórias. A criação de uma sede física foi uma delas. E sobretudo modernizou as estruturas e as ferramentas de apoio. A página web, a base de dados LAO, o RBAS, a contabilidade informatizada e a organização das jornadas num novo modelo foram exemplos disso.
Somos uma associação pequena. Os bibliotecários nas áreas das ciências da saúde não são muitos e nem todos são associados.
Há quem possa questionar a existência de uma associação profissional tão específica, sendo que os colegas de todas as outras áreas científicas se organizam na associação nacional, a BAD.
Na realidade, o desenvolvimento e a dinâmica da própria Medicina, sobretudo a partir do século XX, acompanhada por descobertas revolucionárias nas áreas da Biologia, da Química, da Farmacologia e da Tecnologia obrigam estes bibliotecários a confrontar-se com questões cada vez mais exigentes e com a necessidade de dar-lhes uma resposta rápida e de qualidade.
Também, mais recentemente, o aumento da literatura científica em formato digital, a utilização de novas plataformas de acesso à informação, as novas maneiras de gerir e transmitir a informação, criaram a necessidade de um bibliotecário mais cooperante com a sua comunidade.
Hoje, não podemos conceber bibliotecários nesta área que não dominem algumas destas competências: conhecer a terminologia na área das ciências da saúde, saber utilizar as bases de dados e ferramentas que permitem a pesquisa de informação científica, saber avaliar uma enorme variedade de novos produtos de informação e ensinar a comunidade a utilizá-los, actualizar-se constantemente em relação às novas tecnologias, saber trabalhar com a análise de dados e as estatísticas, etc.
O bibliotecário da saúde está em permanente desafio e constante mudança. Não podemos ser agentes passivos. Cada vez mais, temos que nos envolver nas nossas comunidades de professores, alunos e investigadores, como parceiros na área da informação.
Por isso se justifica a existência de uma associação de bibliotecários da saúde, como a APDIS.
A APDIS, como refere na sua descrição, destina-se a apoiar os bibliotecários e profissionais da informação envolvidos nas equipas da investigação, da educação e da saúde pública. E esse apoio tem-se traduzido em várias acções dinamizadas pelas suas direcções, desde a criação da associação, em 1991. Este trabalho irá certamente ser continuado pela futura Direcção, a partir de 26 de Março próximo, a quem desejo os votos de maior sucesso na prossecução deste trabalho.
Margarida Meira
Presidente da APDIS
Fevereiro 2015